Um dia

Talvez um dia a gente pare de tentar viver em um conto de fadas.
A partir desse dia, nós passaríamos a enxergar o mundo além dessas dualidades superficiais que regem a sociedade atual.
O bem e o mal.
O rosa e o azul.
O certo e o errado.
O homem e a mulher.
O mocinho e o vilão.
Assim, quem sabe, a gente poderá aprender que não há (e nem deveria haver) um super-herói para matar o dragão e salvar o dia. Que seres humanos não usam capas na vida real. Que a sociedade é movida por interesses e todos estamos sujeitos a eles.
Talvez, assim, a gente pare de criar fantasias e ilusões, e comece a criticar todo tipo de informação recebida. 
Talvez, a gente leia mais que a manchete do jornal. Talvez a gente leia a matéria toda e analise criticamente os acontecimentos. 
Talvez a gente pare de querer estar do lado 'certo' e consiga discutir com pessoas bem informadas e com opiniões diferentes, ponderando argumentos.
Talvez, nós consigamos, assim, parar de construir falsos-heróis. E, quem sabe, a gente possa evoluir como uma sociedade sem a necessidade de binários.

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